domingo, 21 de agosto de 2011

23 e 24/8 - Nelson Rodrigues em dose dupla

Terça, dia 23
A FALECIDA (Leon Hirzsman, 1965)



Adaptação da peça de Nelson Rodrigues, A Falecida conta a história de Zulmira, mulher do subúrbio carioca. Com interpretação notável de Fernanda Montenegro, em seu primeiro papel no cinema, o filme expõe a alienação da mulher que idealiza a própria morte como redenção para o vazio existencial e a culpa.

Leon Hirszman, representante de uma vertente urbana do Cinema Novo, encontra no texto de Nelson Rodrigues uma fina análise de um dos maiores objetos dessa corrente cinematográfica: o homem popular. Além da brilhante atuação de Fernanda Montenegro, o lendário Paulo Gracindo aparece aqui como um dos tipos que o imortalizaria, o "rico e canalha". A trilha sonora é assinada por Radamés Gnatalli, o maior maestro e arranjador da música popular brasileira de todos os tempos, tendo os temas baseados na canção "Luz Negra", de Nelson Cavaquinho.



Quarta, dia 24
TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA (Arnaldo Jabor, 1972)


Versão cinematográfica de uma peça de Nelson Rodrigues, Toda Nudez Será Castigada é um dos maiores sucessos de crítica e de público no cinema brasileiro. Arnaldo Jabor mescla melodrama e comédia ao retratar a hipocrisia moral da classe média. O filme gira em torno da família de um viúvo, que jurou nunca mais se casar, mas que se apaixona por uma prostituta, o que lança seu filho, seus parentes e ele mesmo numa delirante crise de valores.

Obra de caráter mais popular, ainda que Arnaldo Jabor seja um cineasta filiado aos ideais do Cinema Novo, fez um arrebatador sucesso, talvez pela estética simples e narrativa linear, textual e com pouco lirismo imagético. Darlene Glória, que vive a prostitura Geni, pontuou a forma de atuação da personagem definitivamente, além de ser considerada umas das maiores performances femininas do cinema brasileiro. O filme tem ainda Paulo Porto, no papel do viúvo Herculano, Paulo César Peréio, Sérgio Mamberti e uma participação formidável de Hugo Carvana.

TERÇA 23 e QUARTA 24 ÀS 15h30
UFRRJ-IM (Nova Iguaçu) - Av Governador Roberto Silveira , S/N
SALA 210 - Bloco Multimídia
Entrada Gratuita

quinta-feira, 30 de junho de 2011

07/07 - Tiros em Columbine


 “Tiros em Columbine” parte do massacre escolar ocorrido em 1999 em Columbine, EUA, e toma como assunto a cultura bélica no país, analisando as origens e conseqüências da fixação cultural por armas de fogo.  Foi com esse filme que Michael Moore ganhou projeção mundial, visto como uma figura pública polêmica pelas severas críticas à política dos Estados Unidos, apesar de anteriormente ser autor de livros como “Cara, cadê meu país”, que questionava o governo de George W. Bush. Moore faz um documentário quase televisivo, uma espécie de investigação sobre o tema, sendo ele próprio o protagonista das imagens e das idéias. “Tiros em Columbine” é um filme de autor, um filme que não se preocupa com imparcialidade, aparentando muitas vezes tratar-se de um instrumento de militância. Não por acaso, Michael Moore é uma das figuras freqüentemente citadas em séries e animações de humor negro, como Family Guy e Os Simpsons, como um padrão de militante “bitolado” contra os Estados Unidos.


A sessão contará com José D'Assunção Barros como debatedor convidado. D'Assunção é professor da UFRRJ e tem publicações sobre Cinema e História, entre diversas outras áreas de atuação.

IMPORTANTE: Tratando-se de um filme de 120min e da presença de um debatedor convidado, a sessão começará o mais pontualmente possível. Não se atrasem!


 
QUINTA-FEIRA, 07/07, ÀS 15h30
UFRRJ-IM (Nova Iguaçu) - Av Governador Roberto Silveira , S/N
SALA 310 - Bloco Multimídia
Entrada Gratuita

terça-feira, 21 de junho de 2011

22/06 - Curtas de Jorge Furtado


 O Cineclube Wilson Grey exibe curtas de Jorge Furtado, reconhecido diretor pela próspera carreira de curtas e longas. Autor do clássico escolar "Ilha das Flores"  e de longas de sucesso como "O Homem que Copiava", "Meu tio matou um cara" e "Saneamento Básico", servirá de gancho para uma discussão surgida na última sessão: as escolas regionalistas do cinema brasileiro. Furtado é o exemplar ideal para a escola Gaúcha. Além de debatermos sua obra, tentaremos entender um estilo presente em todas as realizações.


QUARTA-FEIRA, 22/06, ÀS 15h30
UFRRJ-IM (Nova Iguaçu) - Av Governador Roberto Silveira , S/N
SALA A CONFIRMAR
Entrada Gratuita

domingo, 22 de maio de 2011

25/05 - Cão Sem Dono


"Cão Sem Dono" é um filme de 2007, dirigido por Beto Brant e Renato Ciasca, que segue uma tendência do cinema brasileiro de festivais, o mais importante circulo estético da década passada. Nessa tendência, até mesmo realizadores mais experientes e ambiciosos (como o próprio Beto Brant) buscam um cinema mais simples, barato, que cuida das coisas cotidianas com um certo naturalismo. Um cinema sem grandes acontecimentos, sem heróis, que acaba por refletir uma geração dos anos 2000. No caso de "Cão Sem Dono", o reflexo dessa geração parece ser o tema maior, ao retratar um relacionamento entre Ciro, recém-formado em Literatura Russa, e Marcela, uma jovem modelo com enormes ambições de carreira.
O  filme também é capaz de levantar boas discussões estéticas, já que propõe uma forma diferenciada de tratar de um relacionamento amoroso (tema recorrente num cinema mais "convencional") além das próprias escolhas narrativas e plásticas da obra.


"Cão Sem Dono tem a simplicidade do cinema. E a complexidade da vida. Isso porque a câmera de cinema, assim como o cachorro, pode ser o melhor amigo do homem."
(Luiz Carlos Oliveira Jr. - Contracampo)




QUARTA-FEIRA, 25/05, ÀS 15h30
UFRRJ-IM (Nova Iguaçu) - Av Governador Roberto Silveira , S/N
SALA 210 - Bloco Multimídia
Entrada Gratuita

Quer sugerir uma sessão?


No Cineclube Wilson Grey todo mundo tem a oportunidade de sugerir uma sessão. Basta preencher a ficha de proposta e esperar a avaliação dos responsáveis! Vale pra todo mundo: alunos ou não da UFRRJ, realizadores, cineclubistas, ongs, movimentos culturais ou simplesmente fãs de cinema.

A avaliação pensa apenas em ver se a proposta está enquadrada com os princípios formais do cineclube, dispostos no projeto de extensão IM-02. Cada proposta tem validade de até 2 meses (4 sessões) a partir das sessões ainda não definidas, medida para evitar o acúmulo. Lembrando apenas que o cineclube preza pela diversidade e pelo espaço de todos os tipos de cinematografia.

Ao longo do projeto, a ficha ficará permanente no menu à direita, como já se encontra.

domingo, 15 de maio de 2011

Balanço inicial


O cineclube Wilson Grey realizou sua primeira sessão no dia 9 de Setembro de 2010, tendo realizado até hoje 12 sessões com um público total estimado em 420 pessoas, média de 35 pessoas por sessão. Entre documentários e ficções, filmes nacionais e estrangeiros, grandes e pequenas produções, novas ou antigas, o cineclube vem atingindo sua meta de trabalhar com todos os tipos de cinema, além consquistar uma boa aceitação dentro do ambiente da universidade. Das 12 exibições, 4 contaram com debatedores convidados, reforçando a idéia de equilibrar os importantes debates informais com a possibilidade de discutir com um realizador ou um estudioso sobre cinema.
Em 2011, o cineclube começa suas atividades como Projeto de Extensão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, campus Nova Iguaçu, apontando para uma ampliação de parcerias e disponibilidade de recursos que antes não existiam. O blog começa com esse balanço inicial, um resumo técnico de todas as sessões realizadas, e será atualizado semanalmente com novidades, divulgações, notícias do circuito de cineclubes e muitas outras coisas. Servirá, também, como um canal de contato do cineclube com o público. Aguardem as próximas atualizações.